Obra:
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Flor encanto do Douro |
Por mais que façamos e desmanchemos, a
instalação sai sempre inédita.
Alguma meditação a todo
o meio envolvente que pretendo comunicar. Coincidência, encontro corpos
inúteis a caminho do fogo ou putrefação, decido intervir. Limpei inúmeros
corpos, leivas de pipas, transformei-as em costelas, descobrindo esta inocente
transformação a qual me surpreende. Responsáveis por estas novas ciências às
quais lhes chamam abstratos ou arte nova.
Deixei-me envolver ou
caí em situações de não saber desenhar nem pintar. O número de elementos
levou-me a uma inquietação: que fazer? Comecei por instalar os elementos e
surge adrenalina constante, que estarei eu a fazer? Começo por descobrir a cor
das uvas, vinho, parras, pipas, pontes, ou seja, todo o meio envolvente. Douro,
Cidades, Concelhos, etc…
A toda esta
comunicação, no meu bom sentido, chamo a uma videira com a ramificação em todos
os sentidos, característica dela, Natureza livre, a Flor Encanto do Douro.
“O que mais me dói é o
desprezo por tudo o que é português, como se fôssemos uma espécie de leprosos
do universo.”
Jorge de Sena
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Visita do Exmo. Senhor Ministro da Cultura Luís Filipe Castro Mendes
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